Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2020
Onde Comprar: Saraiva, Submarino (com brinde)
Sinopse: Aos 10 anos, Miranda Cheever já dava sinais claros de que não seria nenhuma bela dama. E já nessa idade, aprendeu a aceitar o destino de solteirona que a sociedade lhe reservava. Até que, numa tarde qualquer, Nigel Bevelstoke, o belo e atraente visconde de Turner, beijou solenemente sua mãozinha e lhe prometeu que, quando ela crescesse, seria tão bonita quanto já era inteligente. Nesse momento, Miranda não só se apaixonou, como teve certeza de que amaria aquele homem para sempre. Os anos que se seguiram foram implacáveis com Nigel e generosos com Miranda. Ela se tornou a mulher linda e interessante que o visconde previu naquela tarde memorável, enquanto ele virou um homem solitário e amargo, como consequência de um acontecimento devastador. Mas Miranda nunca esqueceu a verdade que anotou em seu diário tantos anos antes. E agora ela fará de tudo para salvar Nigel da pessoa que ele se tornou e impedir que seu grande amor lhe escape por entre os dedos.
Resenha:
Desde o grande sucesso do lançamento da série Os Bridgertons, a editora Arqueiro tem planejado trazer todas as traduções de todos os livros da Julia Quinn. Atitude muito esperada pelos fãs de Os Bridgertons, mas que achei um pouco arriscada por já conhecer outras obras da autora. É importante considerar que Júlia escreve livros há muito tempo, então ela passou por diversas fases de escrita.
Quando anunciaram que a série Bevelstoke seria lançada, fiquei aflita pela fama da autora cair com primeiro livro. Nem sempre Julia Quinn é assertiva com seus livros. Confesso que História de um grande amor não foi um livro que caiu muito das minhas graças numa primeira leitura e que só fui apreciar depois de uma quarta ou quinta leitura. Então eu acho que eu consigo dizer que entendo os dois lados quando se fala sobre Nigel e Miranda.
O livro começa com a Miranda tendo uma enorme paixonite pelo irmão mais velho de sua melhor amiga. É claro que ele não retribui e nem faz ideia desse amor. Muito tímida e conveniente com as regras sociais da época, a personagem parece não ser aquela heroína forte que amamos. Os únicos indícios de sua capacidade são quando ela mostra garra em adquirir livros que eram considerados impróprios para damas e os estudos que fazia com o pai.
Nigel, ou Turner, é um homem quebrado por um relacionamento muito trágico. Sua falecida esposa o fez desacreditar no amor e, por isso, ele é muito cego aos sentimentos de Miranda. Não vou passar o pano em suas ações porque, em várias partes do livro, ele agiu como um babaca insensível. Também não inspira nenhum amor às suas leitoras, mas eu juro que no final ele se redime um pouco.
Ainda sim, gosto muito da trama deste livro. Em uma primeira parte do livro, vemos o desenvolvimento de Miranda como uma mulher com confiança e, na segunda parte, vemos um processo de redenção do Turner. O livro é todo sobre uma jornada de descobrimento de si e segunda chance ao amor. Entretanto, são muitos os momentos em que gostaria de estrangular os dois.
Conforme eu esperava, a receptividade do público não foi tão boa. Só que eu peço, de todo coração, para dar uma chance ao livro, nem que seja pra passar raiva. Acho que vale muito ter uma experiência com esses personagens fora da esfera dos Bridgertons.
Já leram? Me conta pra gente falar mais da treta.
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