terça-feira, 21 de abril de 2020

A Caça

Livro: A Caça
Autor: M. A. Bennett
Ano: 2019
Páginas: 240
Editora: Arqueiro
Gênero: Thriller
Onde Comprar: Saraiva, Amazon, Submarino

Sinopse: O ano letivo começou e Greer MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados - tudo o que Greer não é.

Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: "CAÇA TIRO PESCA". Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... E líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras.

Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... E que eles querem sangue.

Que a caçada comece!

Resenha: Greer MacDonald ganha uma bolsa no colégio mais antigo da Inglaterra e começa a frequentá-lo. Seu pai, que a cria sozinho, recebeu uma proposta de trabalho na África e é a primeira vez que ela tem idade o suficiente para que ele possa aceitar a proposta e deixá-la sozinha, mesmo que numa escola.

A STAGS é cheia de tradições muito antigas e respeitadas e é uma escola absurdamente cara, frequentada por pessoas muita ricas, membros da realeza e pouquíssimos bolsistas como ela. É uma escola muito elitista.

Logo no começo, Greer nos conta que é cúmplice de um assassinato, deixando claro que irá nos contar os eventos que a levaram até ali. Assim que chega na STAGS a menina se sente deslocada, todos tem comportamentos muito refinados e seguem tradições muito antiquadas. Ela tenta seguir as mesmas tradições que os outros, numa tentativa de se encaixar, mas não funciona muito bem e seu primeiro semestre é bem solitário. 

Enquanto conhecemos a escola junto a Greer, ela nos apresenta os medievais. Os medievais são os monitores da escola, aqueles que tem o dever de fazê-la crescer junto com o corpo docente. Entre os medievais temos seu líder: Henry de Warlencourt, membro de uma das famílias mais ricas e importantes do país, descendente de figuras históricas que são estudadas na escola e dono de uma mente muito retrógrada. Henry preza pelos costumes e abomina tudo que é moderno, como a tecnologia. Por esse motivo nenhum dos alunos da escola usa celulares, já que os medievais não os usam. Todos seguem aquilo que é imposto pelos medievais, eles são os donos do lugar, ditam as regras e todos querem uma chance de ascender às suas posições.

Todo ano, Henry é o anfitrião de um evento intitulado caça tiro pesca. Esse evento ocorre num feriado e três alunos mais novos são convidados para passar o feriado na mansão de Henry praticando os esportes de sangue. Os alunos chamados são aqueles que se tornarão os medievais nos anos seguintes. 

Com tudo isso Greer nos leva a Long Cross. Mas o feriado não corre da maneira como ela esperava...

Achei o livro um grande erro. É extremamente previsível e fraco. Logo nos primeiros capítulos eu já sabia exatamente o que iria acontecer, fiquei muito decepcionada com a obra. 

Greer se define o tempo todo como feminista, como uma mulher forte, mas faz exatamente o oposto do que afirma acreditar apenas para agradar os medievais, especificamente Henry. Achei a personagem bem inconsistente, mas acho que esse era o objetivo. 

A autora faz diversas referências a filmes, já que o pai de Greer é cinegrafista e ambos adoram assistir filmes. As referências são interessantes e bem vindas num primeiro momento, mas elas começam a ficar exageradas e constantes demais, o que faz com que percam o sentido.

A sensação que eu tive foi que o livro nada mais era do que um compilado de várias cenas famosas de filmes juntas em um cenário de riqueza britânica. Não achei original e me parece sempre como uma justificativa, como se a autora não confiasse nos elementos que escolheu e precisasse justificar, quase como um "olha, deu certo nesse filme, vou usar também". Isso me incomodou bastante.

Outra coisa que me incomodou também foi a burrice dos personagens. A história foi conduzida de uma maneira tão óbvia que a demora para perceberem o que estava acontecendo foi fatídica e exaustiva.

O final em aberto apenas comprovou aquilo que eu estava pensando. A autora criou um cenário de proporções gigantescas e não foi capaz de dar uma conclusão, deixando o final como algo reflexivo que não faz sentido, já que a mesma reflexão que ela causa já foi feita na conclusão do arco principal.

Não gostei do livro, achei a obra fraca e, como já havia dito, previsível demais. 

Já leram? Qual a opinião de vocês sobre a história? 

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