domingo, 19 de abril de 2020

Milagre na Cela 7

Título Original: 7. Koğuştaki Mucize
Direção: Mehmet Ada Öztekin
Ano de Lançamento 2019
Duração: 2h 12min
Nacionalidade: Turquia
Gênero: Drama 


Sinopse: Separado de sua filha, um homem com deficiência intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso pela morte da filha de um comandante.

Resenha:
Milagre na Cela 7 é o mais novo filme turco que chegou na Netflix e já está fazendo sucesso com o público do streaming, aparecendo durante vários dias no Top 10. A obra se classifica como um remake de uma produção coreana, no qual possui o mesmo nome. Vamos conhecer?

O enredo traz Memo, um pai solteiro com deficiência intelectual que leva uma vida simples com sua filha Ova e a avó Fatma. O homem é adorável e muito simpático, é reconhecido por muitos habitantes da pequena cidade. No entanto é Olga quem sofre com o bullying devido a deficiência de seu pai, mas tudo isso só faz com que ela reconheça como o pai é especial e quanto o ama.



Tudo isso se complica quando Memo presencia e se envolve em um acidente que mata a filha de um tenente de alta importância no exército do país. Desta maneira Memo é acusado de matar uma garotinha e aprisionado, sem quaisquer chance de se despedir de Fatma e Ova. As dificuldades aumentam ainda mais quando os outros presidiários, que dividem a cela com Memo, descobrem o motivo de sua prisão.

O trama conta com muito drama, é quase impossível segurar as lágrimas em determinados momentos. Há algumas cenas fortes, bastante chocante, que demonstra a cruel realidade vivida por muitos. A leveza e sutileza está presente na construção das relações de amizade é companheirismo com o outro.

O ator Aras Bulut Iynemli mostra sua espetacular atuação, retratando com perfeição uma pessoa com deficiência intelectual. Todo seu talento possibilita certa conscientização ao telespectador, principalmente no que diz respeito as limitações e barreiras que esse público encontra. A dedicação do autor em entregar um personagem verdadeiro torna as cenas ainda mais emotiva.



A real beleza do enredo está na pequena Ova, com sua pureza e sua perspectiva inocente. A criança traz uma visão humanista de todos personagens, principalmente dos presidiários no qual consegue enxergar além de seus crimes. Ela ensina uma importante lição na obra ao vê-los como doentes a procura de recuperação.



Nesta idéia os conceitos religiosos também são abordados, questionando se alguns pecados são realmente passíveis de receber o perdão. A culpa e o remorso são sentimentos muito presentes no filme também, colocando em reflexão se as falhas podem ser corrigidas. Pensamentos sobre a morte também são ressaltados, uma vez que tal situação está todo o tempo rodeando a trama.

Além de tudo isso é necessário dar enfoque as relações familiares, presente sempre ao longo do filme na grande união Ova e Memo. Dois dos presos também precisam lidar com situações bem complicadas sobre seus laços com seus entes amados. Os personagens e aqueles que assistem aprendem muito com o grande amor de Memo por sua família.



A injustiça é o que gera toda a história, com acusações realizadas sem quaisquer fundamentos. Os mais poderosos sendo aqueles que decidem o destino dos mais inocentes. Quanto disso representa nosso próprio país? 

A atualidade está cada vez mais difícil e, apesar do longa retratar tudo isso, o Milagre da Cela 7 nos deixa com um pouco de esperança no lado bom do ser humano. Para aqueles que não assistiram: eu super recomendo se emocionar com essa produção. Aos que já assistiram, deixe nos comentários o que achou da obra! 

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