domingo, 12 de janeiro de 2020

Amor em tempos de ódio




Filme: Amor em tempos de ódio
Título original: Where hands touch
Gênero: Drama, romance
Ano de lançamento: 2018
Dirigido por: Amma Asante
Duração: 2h 2min

Sinopse: Em 1944, uma menina de 15 anos, filha de mãe branca alemã e pai negro africano, conhece um membro da Juventude Hitlerista. Eles se tornam amigos, conectados pelos horrores que estão sendo cometidos ao seu redor. TRAILER





Resenha: 

A diretora Amma Asante (também diretora de Belle e Um Reino Unido) é conhecida pelos romances dramáticos com temáticas feministas e de relações inter raciais. Amor em tempos de ódio se ambienta em uma Alemanha nazista de 1944. Leyna (Amanda Stenberg) é uma jovem de 16 anos, negra mestiça, filha de uma mulher alemã com um soldado senegalês que lutava do lado dos franceses. Ela cresceu em uma pequena região do oeste alemão, onde as batidas da Gestapo eram frequentes. Apesar de negros e gays também sofrerem perseguição durante o nazismo, acontecia em menor grau que os judeus, assim Leyna escapou de diversas revistas por causa de seus documentos que provam a cidadania alemã. Ainda assim, ela, sua mãe e seu irmão se mudaram para Berlim, na tentativa de passar menor percebidos do que em uma região pequena.

Apesar das sinopses focarem na história de amor proibido, o filme retrata o crescimento da personagem no que ela entende sobre essa guerra. Ela não pode andar sem documentos, não pode encarar muito as pessoas, não pode ser vista como outra adolescente... Há uma inconformidade de que ela não é uma inimiga, segundo ela, igual aos judeus. Ao longo do filme ela compreende que não há inimigos reais, apenas o genocídio.



Lutz (George MacKay) é filho de um grande oficial da SS, tambem nacionalista e membro da Juventude Hitlerista. Ele sonha em  lutar pelo seu país. Quando conhece Leyna, se encanta com sua beleza. Não há tanto estranhamento por seu cabelo e cor, porque o pai ouvia jazz secretamente, com citações à Billie Holiday. Eles desenvolvem uma paixão linda, entretanto imatura. Ambos não conhecem aquilo pelo que eles lutam. Os ensinamentos desde muito jovens não condizem com a realidade.



As adversidades que separam e unem o jovem casal os tornam mais conscientes dos horrores reais de uma guerra. Os campos de trabalho que são lugares de tortura e não de purificação, a covardia e crueldade guerrear com quem não tem armas, o racismo e xenofobia entre pessoas na mesma situação de miséria e dor. Tudo enfrentado com a esperança de que há um futuro melhor.


Sem deixar de ser didático e pesado, o filme é aquele bom clichê de amor proibido que arranca algumas lágrimas. É uma boa aposta para quem gosta de filmes ambientados em guerra, tendo uma visão dos nacionalistas e nazistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário