domingo, 17 de novembro de 2019

Mary Shalley - Filme


Filme: Mary Shalley
Título Original: Mary Shalley
Ano de Lançamento:  2018
Dirigido por: Haifaa al-Mansour
Duração: 2h


Sinopse: Mary Wollstonecraft Godwin tinha só 16 anos quando quis viver um amor e se tornou Mary Shelley, a feminista ferrenha que escreveu "Frankenstein".



Resenha


Um filme fantástico que conta a vida de uma autora que revolucionou o mundo do terror. Mesmo apresentando um enredo um pouco romantizado, o filme mostrou por meio de situações simplificadas, um pouco de todas as dores e situações vivenciadas por Mary Shalley naquele período, enfrentando uma sociedade totalmente machista rumo ao seu tão sonhado sonho de ser escritora. O filme retrata a história de Mary Wollstonecraft Godwin (interpretada pela Elle Fanning), filha de dois escritores de sucesso e que também tenta entrar para esse mundo da escrita. Com o falecimento de sua mãe, Mary passou a conviver com uma madrasta que de boa não tem nada e se aproveitou de um momento de criação de Mary, para criar toda uma cena e convencer o pai dela a manda-la para outra cidade com o intuito de adquirir novas experiências e voltar como uma pessoa mudada. Mas o destino reservou outros planos, pois nessa empreitada, Mary conhece Percy Shelley (interpretado por Douglas Booth), um jovem poeta admirado por muitos.




Ao se conhecerem logo se apaixonam e essa paixão envolve Mary de modo a mudar os rumos de sua vida e nesse percurso lhe causa muitas experiências nem tão positivas assim, mas que a ajudaram a amadurecer. Mesmo tão jovem, Mary enfrentou muitos "pepinos" que além de promover um amadurecimento, ajudou em sua inspiração para sua história mais famosa, que mais tarde veio a ser um dos terrores mais conhecidos no mundo. Mas esse percurso de publicação de Frankenstein não foi fácil: primeiro, pois estamos falando de uma sociedade totalmente machista e que não acreditava que uma mulher fosse capaz de escrever uma história de terror; Segundo, pois a escolha dela de viver do Shelley lhe causou consequências que ficaram muito mais amargas para ela e; Terceiro, por ela ser muito nova (ela tinha apenas 18 anos quando concluiu sua obra).



Muitas editoras naquele período rejeitaram os livros de Mary, mas a mesma não desistiu e continuou buscando alguma que a aceitasse (imagina se ela tivesse desistido? Teríamos perdido todo esse talento incrível. Quanta coisa a história da humanidade perdeu reprimindo tantas mulheres talentosas como ela). Quando finalmente aceitaram publicar o livro dela, deram a ela algumas exigências, como a publicação como autora anônima e que o seu companheiro Shelley, escrevesse a introdução, o que levou muitos a acreditarem que ele era o autor. No filme, Shelley, incomodado com esse reconhecimento indevido, apresenta como a autora do livro sua companheira e na segunda edição do livro, o nome dela passa a ser revelado para o mundo.



Para mim foi um filme muito emocionante, que me fez ter ainda mais admiração pela autora. Esse filme retrata brilhantemente a importância de se buscar pelos ideais, de romper com os estereótipos e de jamais desistir dos sonhos, por mais que pareça impossível. Esse filme é ótimo para perceber a sociedade da época, tanto os locais escolhidos, como os figurinos retrataram um pouco do modo como aquela sociedade era vista. Um filme maravilhoso, que por enquanto está disponível na Netflix e que vale a pena conferir.



Já assistiram? Ainda não? Então corre para assistir e depois conta para a gente o que achou.


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