Título Original: Bridgerton
Criação: Chris Van Dusen
Ano de Lançamento 2020
Duração: 60 min
Gênero: Romance de época/ Drama
Número de Temporadas: 1
Número de Episódios: 8
Sinopse: Criada por Chris Van Dusen da produtora Shondaland, Bridgerton acompanha Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor), que precisa conseguir um bom casamento, mas também espera encontrar o verdadeiro amor. Em Londres, no Período Regencial, esse sonho parece impossível.
Resenha:
A série, tão aguardada pelos fãs de romance de época, estreou hoje, no dia de Natal como um presente. Muito querida do público brasileiro, a série da família Bridgerton criou altas expectativas e burburinhos desde o começo. Da escalação de atores até a escolha de músicas, muitas críticas foram pronunciadas. Entretanto, devemos ter sempre em mente que uma produção cinematográfica nunca vai ser igual ao livro. Confesso que não me agradou muito o rumo tomado pelo enredo, mas, em aspecto geral, me surpreendeu positivamente.
A série deu destaque à alguns dilemas de personagens que não foram devidamente trabalhados nos livros. À exemplo disso temos nosso Benedict já tentando descobrir seu caminho para além do segundo filho; Portia, em busca do sucesso de suas filhas à custo de tudo; e muitas pinceladas do que virão a ser os dilemas de Eloise, Anthony e Colin. Esse tipo de trabalho é perigoso, pois desconcentra a atenção no que deveria ser o casal principal. Sinto informar que esta foi uma falha real.
Posso dizer que, no máximo, o casal principal foi morno. Não pela falta de química (sexual ou não) e nem por uma má atuação. Como dito anteriormente, o roteiro foi escorregadio com esses dois. Cenas extremamente passionais foram trocadas por cenas e diálogos mornos. Parecia que o fogo só pegava na cama (e na escada, na livraria, no jardim...) e na troca de olhares em momentos felizes, mas as falas e a fluidez dos fatos apagaram o convencimento de uma paixão tão linda.
Ontem mesmo li uma declaração da Julia Quinn, autora dos livros, na qual afirma a existência de muitas diferenças entre o livro e a série, porém a série por si só é magnífica. Assinando em baixo dessa declaração, digo que a produção foi um espetáculo de fotografia e figurino. As músicas foram incríveis, juntando música clássica com atuais (em versão orquestra). Os atores são muito talentosos e envolventes.
Faço aqui um apelo para aqueles que leram e amam os livros: Pensem na série como uma porta de entrada para o conhecimento das pessoas para o gênero. Por muitos e muitos anos o romance de época não teve o seu destaque no mundo literário e agora estamos no início de uma relevância para a indústria cinematográfica. Nunca vai ser o livro e nem substituí-lo. Pensem que é uma ótima oportunidade para indicar a leitura e criar espaços de debates mais amplos.
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