sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Série - Bridgerton


 Título Original: Bridgerton

Criação: Chris Van Dusen 
Ano de Lançamento 2020
Duração: 60 min
Gênero: Romance de época/ Drama
Número de Temporadas: 1
Número de Episódios: 8






Sinopse: Criada por Chris Van Dusen da produtora Shondaland, Bridgerton acompanha Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor), que precisa conseguir um bom casamento, mas também espera encontrar o verdadeiro amor. Em Londres, no Período Regencial, esse sonho parece impossível.


Resenha:

A série, tão aguardada pelos fãs de romance de época, estreou hoje, no dia de Natal como um presente. Muito querida do público brasileiro, a série da família Bridgerton criou altas expectativas e burburinhos desde o começo. Da escalação de atores até a escolha de músicas, muitas críticas foram pronunciadas. Entretanto, devemos ter sempre em mente que uma produção cinematográfica nunca vai ser igual ao livro. Confesso que não me agradou muito o rumo tomado pelo enredo, mas, em aspecto geral, me surpreendeu positivamente.



A série deu destaque à alguns dilemas de personagens que não foram devidamente trabalhados nos livros. À exemplo disso temos nosso Benedict já tentando descobrir seu caminho para além do segundo filho; Portia, em busca do sucesso de suas filhas à custo de tudo; e muitas pinceladas do que virão a ser os dilemas de Eloise, Anthony e Colin. Esse tipo de trabalho é perigoso, pois desconcentra a atenção no que deveria ser o casal principal. Sinto informar que esta foi uma falha real.

Posso dizer que, no máximo, o casal principal foi morno. Não pela falta de química (sexual ou não) e nem por uma má atuação. Como dito anteriormente, o roteiro foi escorregadio com esses dois. Cenas extremamente passionais foram trocadas por cenas e diálogos mornos. Parecia que o fogo só pegava na cama (e na escada, na livraria, no jardim...) e na troca de olhares em momentos felizes, mas as falas e a fluidez dos fatos apagaram o convencimento de uma paixão tão linda.


As alterações das personalidades é um fator que vai atrair vários haters. Sem dúvidas de que algumas cenas me deixaram receosa para as próximas temporadas. Mas se acalmem, algumas coisas não mudam! Muitas interações dos irmãos aquecem nossos corações e nos fazem rir.

Ontem mesmo li uma declaração da Julia Quinn, autora dos livros, na qual afirma a existência de muitas diferenças entre o livro e a série, porém a série por si só é magnífica. Assinando em baixo dessa declaração, digo que a produção foi um espetáculo de fotografia e figurino. As músicas foram incríveis, juntando música clássica com atuais (em versão orquestra). Os atores são muito talentosos e envolventes.

Faço aqui um apelo para aqueles que leram e amam os livros: Pensem na série como uma porta de entrada para o conhecimento das pessoas para o gênero. Por muitos e muitos anos o romance de época não teve o seu destaque no mundo literário e agora estamos no início de uma relevância para a indústria cinematográfica. Nunca vai ser o livro e nem substituí-lo. Pensem que é uma ótima oportunidade para indicar a leitura e criar espaços de debates mais amplos.



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