sábado, 25 de julho de 2020

Especial Dia Internacional da mulher negra, Latino-americana e Caribenha

Especial Dia Internacional da mulher negra, Latino-americana e Caribenha



No dia 25 de julho de 1992 em São Domingos, na República Dominicana, ocorreu o I Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, no qual as mulheres negras discutiram sobre sexismo, racismo e formas de combatê-los. Desde aquele ano, em todo 25 de julho é comemorado Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, reconhecido pela ONU.

Para celebrar a data com muita luta, selecionamos livros escritos por mulheres negras e latinas que são enriquecedores para nosso conhecimento sobre as realidades desses grupos. Esperamos que vocês gostem!

Se já leu algum deles, comentem o que vocês acharam!



Título do livro: Quarto de Despejo
Autor: Carolina Maria de Jesus
Editora: Editora Ática
Páginas: 200
Ano: 2019

Sinopse: O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.



Título do livro: Quem tem medo do feminismo negro?

Autor: Djamila Ribeiro
Editora: Companhia das letras
Páginas: 200
Ano: 2019

Sinopse: Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante.



Título do livro: Para educar crianças feministas: Um manifesto

Autor: Chimamanda Ngozi Adiche
Editora: Companhia das letras
Páginas: 96
Ano: 2017

Sinopse: Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista.
Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.
Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.



Título do livro:Olhos D'Água
Autor: Conceição Evaristo
Editora: Pallas
Páginas: 116
Ano: 2014

Sinopse: Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na “frágil vara” que, lemos no conto “O Cooper de Cida”, é a “corda bamba do tempo”. Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição. Sem quaisquer idealizações, são aqui recriadas com firmeza e talento as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.



Título do livro: A poeta X
Autor: Elizabeth Acevedo
Editora: Galera Record
Páginas: 363
Ano: 2018

Sinopse: Best-seller do New York Times sobre uma adolescente que conta sua história através de uma poesia intensa, crua e poderosa. Xiomara Batista se sente sem voz e incapaz de se esconder no Harlem. Desde que seu corpo ganhou curvas, ela aprendeu a deixar os punhos e toda sua raiva falarem. E, em contraste com as regras da mãe religiosa, Xio tenta expressar suas próprias crenças através da poesia: a garota derrama toda frustração e paixão nas páginas de um caderno, recitando as palavras para si mesma como orações. Em seu romance de estreia, Elizabeth Acevedo aborda dúvidas e experiências frenquentes da adolescência – religião, relacionamento e autoaceitação –, apresentando essas questões por meio das lentes da herança afro-latina de Xiomara. Acevedo elevou o romance escrito em verso a uma ferramenta poderosa, fornecendo aos leitores uma narrativa incrivelmente viciante e deliciosamente rítmica, implorando para ser lido em voz alta. A autora traz um ponto de vista único para aqueles que convivem com todo tipo de preconceito e procuram por si mesmos na literatura e na vida.



Título do livro: Ifigênia
Autor: Teresa de La Parra
Editora: Carambaia
Páginas: 544
Ano: 2016

Sinopse: María Eugenia Alonso tem 18 anos quando perde o pai e precisa deixar a Europa, onde viveu por doze anos, para retornar a sua Venezuela natal. O impacto da troca de Paris, em plena efervescência cultural dos anos 1920, pela monótona e conservadora Caracas, onde ela vai morar com a tia e a avó, a inspira a registrar suas impressões em um diário. Esse é o mote de Ifigênia, diário de uma jovem que escreveu porque estava entediada, da venezuelana Teresa de la Parra (1889-1936), autora inédita no Brasil.
A nova vida de María Eugenia revela a realidade das mulheres na Venezuela no início do século XX, “submetidas a um modelo de resignação, quando nada mais lhes restava senão o ‘bom matrimônio’ com um homem de posses”, como descreve Tamara Sender, tradutora e autora do posfácio do livro. O contraste com a realidade de Paris e a crítica à posição da mulher na sociedade caraquenha da época fez com que Ifigênia – cujo título remete à heroína grega que simboliza o sacrifício feminino – se tornasse um dos ícones da literatura feminista latino-americana da primeira metade do século XX. Publicado inicialmente em Paris, em 1924, o livro escandalizou alguns leitores venezuelanos e foi considerado por moralistas como “pérfido e perigosíssimo na mão das moças contemporâneas”, como relatou a própria autora.


Título do livro: O corpo em que nasci

Autor: Guadalupe Nettel
Editora: Rocco
Páginas: 224
Ano: 2013

Sinopse: Inspirado na infância da autora, O corpo em que nasci conta a história de uma menina que nasceu com uma deficiência no olho, uma mancha que borra o que ela enxerga à sua volta. Mais que isso: imprime nas coisas, nos outros, nas experiências, as digitais de seu próprio corpo, estranho e marginal. Narrado em forma de solilóquio no divã de uma psicanalista – neutra e invisível – este é o romance de formação de Guadalupe Nettel. Criada em um ambiente progressista no México, estrangeira em uma periferia de Aix-en-Provence e dona de um imaginário peculiar, Guadalupe arquiteta sua prosa com introspecção e uma naturalidade desconcertantes. Ao desfiar suas memórias mais íntimas numa linguagem que às vezes soa como um relatório, Nettel se afasta da ideia de catarse e se aproxima de uma investigação de seu próprio território, este corpo que a localiza e a faz existir no mundo, geografia irregular e palpitante com a qual ela tenta se reconciliar. O corpo em que nasci pertence a coleção Otra Língua, organizada por Joca Terron.

Nenhum comentário:

Postar um comentário