Título original: Emma.
Gênero: Comédia dramática, drama de época
Ano de lançamento: 2020
Dirigido por: Autumn de Wilde
Duração: 1h 59min
Sinopse: Emma. é um filme de drama e comédia britânico de 2020, dirigido por Autumn de Wilde, a partir de um roteiro de Eleanor Catton e é baseado no romance de Jane Austen com o mesmo nome de 1815. Sua história segue Emma Woodhouse, uma jovem que interfere na vida amorosa de amigos dela. TRAILER
Resenha:
Não sei explicar o quão ansiosa estava para o lançamento desse filme. Eu já sabia da produção, quase desmaiei quando vi o trailer (onde estão meus sais?) e fiquei muito desanimada por saber que não o iria assistir num cinema, mas já está disponível no Amazon Prime Video, Google Play, ITunes Store e Vudu. Só que nada me preparou para o momento em que assisti o filme. Estou completamente extasiada!
Para quem não sabe: Emma. é um filme baseado na obra homônima de Jane Austen. Emma Woodhouse é uma jovem dama, acerca de 20 anos, filha de um respeitável senhor. Pelas circunstâncias de seu nascimento, ela é extremamente influente na sua localidade e, herdando a propriedade de seu pai, não necessita e nem quer se casar. Contudo, ela encontra muito prazer em usar sua influência social para ser casamenteira.
Emma não é uma personagem que cai no gosto em geral. Ela é mimada, arrogante e metida. Isso é intencional até da própria autora. Nada a temer! O foco da história é o crescimento da heroína no meio de várias confusões e desentendidos. Eu achei que, nesse filme, a personagem (Anya taylor-joy) consegue captar a altivez e ainda parecer adorável demais.
É difícil fazer uma adaptação de um livro que tem muitas informações, muitas coisas acontecendo e muitos personagens. A adaptação foi ambiciosa demais para tentar colocar uma pequena parte de tudo e enfatizar o romance dentro da trama. O resultado disso, para quem não conhece a obra, é um cansaço por receber muitas informações dentro de um curto período de tempo e uma diminuição do rítmo no final.
O que eu mais li nas críticas e grupos em que participo é que o discurso pró feminista de Emma em relação ao casamento acaba se contradizendo. Essa tentativa de modernização não foi bem construída no enredo, mas não acho que seja inválida. Talvez, se o fluxo de informações não fosse tão grande, poderiam ter estruturado mais. Entretanto, uma modernização que pra mim foi muito perceptível é a crítica social mais negligenciada por Jane Austen: a presença dos criados. Aparecendo constantemente e cheio de floreios, esses figurantes ganharam um destaque, pois eles são o símbolo da opulência das famílias mais abastadas. Em diversas partes, eles aparecem como se estivessem abrindo o ambiente para a apresentação do lugar e dos personagens. Autumn de Wilde, a diretora, soube elaborar uma crítica silenciosa acerca do cotidiano das famílias mais ricas.
Outro ponto forte do filme foi a escolha do cast. Os atores conseguiram transmitir uma boa química entre os personagens, dando uma aparente harmonia no convívio social de uma localidade. O que é um dos pontos chave na obra de Austen. Não posso deixar de enfatizar que há a construção da sensualidade entre Emma e mr. Knightley que aquece nossos corações. Essa sensualidade culmina, é claro, numa dança. Ai, meus sais!
O que eu mais li nas críticas e grupos em que participo é que o discurso pró feminista de Emma em relação ao casamento acaba se contradizendo. Essa tentativa de modernização não foi bem construída no enredo, mas não acho que seja inválida. Talvez, se o fluxo de informações não fosse tão grande, poderiam ter estruturado mais. Entretanto, uma modernização que pra mim foi muito perceptível é a crítica social mais negligenciada por Jane Austen: a presença dos criados. Aparecendo constantemente e cheio de floreios, esses figurantes ganharam um destaque, pois eles são o símbolo da opulência das famílias mais abastadas. Em diversas partes, eles aparecem como se estivessem abrindo o ambiente para a apresentação do lugar e dos personagens. Autumn de Wilde, a diretora, soube elaborar uma crítica silenciosa acerca do cotidiano das famílias mais ricas.
Outro ponto forte do filme foi a escolha do cast. Os atores conseguiram transmitir uma boa química entre os personagens, dando uma aparente harmonia no convívio social de uma localidade. O que é um dos pontos chave na obra de Austen. Não posso deixar de enfatizar que há a construção da sensualidade entre Emma e mr. Knightley que aquece nossos corações. Essa sensualidade culmina, é claro, numa dança. Ai, meus sais!
De um modo geral, o filme traz um bom humor e uma dose de drama. Não é totalmente o idealizado pelas fãs, mas conseguiu conquistar seu espaço como uma das melhores adaptações feitas do livro até agora. Estou muito feliz que minha ansiedade não foi vã e tenho certeza de que vou forçar meus amigos a assistirem comigo.
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