Filme: Enola Holmes
Gênero: Comédia/Ação
Ano de lançamento: 2020Dirigido por: Harry Bradbeer
Duração: 2h 03min
Sinopse: Quando sua mãe desaparece em seu aniversário de 16 anos, Enola procura a ajuda de seus irmãos mais velhos. Mas assim que ela percebe que eles estão menos interessados em resolver o caso do que mandá-la para o internato, Enola faz a única coisa que uma garota esperta, cheia de recursos e destemida em 1880 faria. Ela foge para Londres para encontrá-la. Encontrando diversos personagens memoráveis pelo caminho, Enola se acha no meio de uma conspiração que pode alterar o rumo da história política.
Enola Holmes (Millie Bobby Brown) é uma jovem garota criada apenas por sua mãe (Helena Bonham Carter) no interior da Inglaterra. Sua criação foi bem diferente para a época com uma rotina de leituras, lutas, pintura, esportes, ciências e jogos de estratégia. Até que sua mãe desaparece e sua tutela é passada para um de seus irmãos.
Quando percebe que seus irmãos não a ajudarão na busca por sua mãe, Enola foge a caminho de Londres e acaba se deparando com um jovem em apuros. Decidia a ajudar o marquês também foragido, Enola percebe sua vocação em socorrer os que precisam dela.
A ambientação é no meio de um caos político, com movimentos sufragistas (não mencionado explicitamente) e uma decisão importante na câmara dos lordes. Pouquíssimos momentos temos uma tomada de posição política, mas tive em mente que não é característico do próprio Sherlock em opinar politicamente, assim como Enola o faz.
O filme todo é a jornada da heroína em busca de sua identidade. Seu mundo desequilibra com o desaparecimento de sua mãe e a vinda de seus irmãos para levá-la ao internato. Sua força e coragem para fugir enuncia sua independência, mas ela ainda percorre um longo caminho para se descobrir. Talvez possa dizer que o eixo central desse ciclo é a descoberta de que ela pode estar sozinha sem ser solitária.
Para quem assistiu pensando em rever Sherlock e Mycroft, foi uma decepção a extrema mudança de personalidades dos personagens. Não há nada para reclamar dos atores, mas os roteiristas descaracterizaram totalmente! Sherlock extremamente emotivo e paternalista com Enola, enquanto Mycroft age como um misógino. Essa dicotomia entre os irmãos deu me a impressão de que, apesar de terem influencia social, eles não são personagens centrais da trama. Com toda certeza afirmo que esse foi o ponto mais fraco do filme, mas me disseram que no livro estes personagens seguem as características das obras de sir Arthur Conan Doyle.
No geral, Enola Holmes é um espetáculo de filmografia, elenco e premissa. Apesar de fechar um ciclo na vida da personagem, outros ciclos estão por vir e espero que tenha uma boa continuação (corrigindo a personalidade de meus personagens clássicos, por favor).
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