Autor(a): Chiara Ciodarot
Ano: 2018
Páginas: 300
Editora: Editora Portal
Gênero: Romance de época
Skoob
Onde comprar: Amazon, Editora Portal
Sinopse: Vale do Paraíba, 1872. Saraus, bailes, rapazes, cavalgar e defender a abolição da escravatura, são estes os gostos da bela Amaia. Mas tudo parece perder sentido quando seus pais morrem e deixam nas suas mãos uma fazenda de café e um testamento que a impede de alforriar os escravos. Sem saber como administrar uma fazenda e se afundando em dívidas, ela encontra apenas uma solução: se casar. Todo e qualquer solteiro ou viúvo se torna um pretendente em potencial. Ou quase todo. Eduardo Montenegro não é pretendente para moça de família. Fundador do Clube dos Devassos, o misterioso Montenegro não pretende se casar, mas isso não o impede tentar levar Amaia para cama. Enquanto tenta manter a sua integridade física e emocional, Amaia arruma um pretendente inesperado. Será que ela vai conseguir levar adiante o seu plano de salvar a fazenda e os escravos, ou será que a sua atração por Montenegro será maior? O famoso devasso acabará seduzido pelos encantos da charmosa abolicionista e a pedirá em casamento antes que ela se case com outro?
A Baronesa Descalça é o primeiro livro da Coleção O Clube dos Devassos.
Resenha:
Esse foi o primeiro livro que li da autora e, simplesmente, me apaixonei. Tudo começou com um marcador que eu ganhei anunciando o lançamento do livro e o "em breve" durou quase um ano! Então, quando vi disponível, eu só devorei o livro. Adoro a escrita e a pesquisa que, claramente, a autora fez. Para mim, se passar no Brasil e ter como tema principal o abolicionismo já são motivos suficientes para ler.
Já vou logo avisando que Amaia não é lá uma personagem que todos amam. Sendo comum na sua época, ela é extremamente mimada e acha que as suas ações são sempre as melhores. Isso não impede que ela extraia altas risadas das loucuras em que ela se mete, como se convidar para jantar na casa dos outros.
A personagem é uma abolicionista no meio de um grupo social cujo poder está centrado nos homens brancos e escravocratas. Até seu pai e padrinho o são. A morte de seus pais vai oferecer ainda mais obstáculos para ela conseguir alforriar o máximo de escravos que puder sem que fique com má reputação.
Tendo que cuidar de uma fazenda praticamente sozinha, pois sua irmã é uma inútil, Amaia só encontra uma solução possível para seus problemas: casar. Só que quem quer casar com uma mulher sem dote e desesperada? Além do mais, sua futura pobreza a torna uma inconveniente aos olhos da sociedade. E qual a produtividade que ela terá em seus planos abolicionistas se ela vai ter que se submeter a um marido que, provavelmente, seja um escravocrata?
No meio disso tudo, sua melhor amiga, Caetana, vai se casar. *suspiros para o casal fofinho*. E vai ter uma grande festa. Um dos convidados é o melhor amigo do noivo de Caetana, o misterioso Eduardo Montenegro, com seus trajes quase completamente pretos (QUE HOMEM!). Ele não se simpatiza muito com as pessoas e acha Amaia um pouco frívola demais, mas sente uma atração irresistível por ela.
O que todos ali não sabem é que nada é por acaso. Montenegro e Canto e Melo (noivo de Caetana) fazem parte de um clube secreto, de cunho abolicionista, que pretende executar um plano no dia da festa de noivado. Esse plano parece ser contra o pai de Caetana, padrinho de Amaia, que é um completo traste.
Entre desespero e conspiração, o livro tem um ritmo acelerado de leitura que nos envolve. Os personagens secundários são muito engraçados e apaixonantes. Nem preciso dizer que Caetana e Canto e Melo são meus queridinhos. No final de A Baronesa Descalça rola uma treta enorme entre o casal, que vai dar seguimento para o livro deles. Vai ter resenha do segundo livro aqui? VAI SIM!
Nenhum comentário:
Postar um comentário